domingo, 30 de dezembro de 2007


QUANDO A ALMA SE DESPE


Esperei pela morte

Dentro de um quarto escuro.

Lá ... no meu canto

Só havia um VAZIO

Cheio de dores

Temores

Rancores

E até Fantamas ...

Do passado ...

Do presente ...

Tinha também

O medo de gente

O medo da vida

O medo de ser genteHoje??

Sai do quarto escuro

Do meu canto predileto

Com todos os meus medos e fantasmas

Tudo ..igualzinho, como dito acima.

Mas, com uma "pequena" diferença

Com a dor do arrependimento

De lá ter saido.No meu vazio "cheio" de coisas

Lutava apenas comigo

E agora?

Preciso lutar com essa gente

Que tão mal, a mim fez e faz.

E ainda esperar pela morte.


by

ANNA PAULA

sexta-feira, 28 de dezembro de 2007


Samba do crime


Não espalhes a tua dor no meu ecrã

Nem faças da minha sala um parapeito

Não me acordes com os jornais da manhã

E temos um crime perfeito...

Não me mostres o sorriso desolado

Nem a raiva do teu olhar liquefeito

Acredita que não há nenhum culpado

E temos um crime perfeito.

Não acendas esta praça com fogueiras

Ainda acabas como principal suspeito

Vai para casa, olha as horas, tem maneiras

E temos um crime perfeito..

Não me estendas a mão que estou apressado

O destino tem as suas cambiantes

Faz a cama com a tristeza de um fado

E ficamos amigos como dantes...

Não me fales do amor e da paixão

Nem das outras avarias do teu peito

Não me fales dessa tua solidão

E temos um crime perfeito.............

Bebe um copo, baixa a aba do chapeu

Esconde a cara e vais ver que faz efeito

No final vamos todos para o céu

E temos um crime perfeito.

Não me digas o que não quero saber

Deixa a sorte ditar a sua sentença

Cala a boca. Deixa o tempo resolver

E vais ver que o crime compensa...

Não me fales do amor e da paixão

Nem das outras avarias do teu peito

Não me fales dessa tua solidão

E temos um crime perfeito.


by

Ala dos Namorados

quinta-feira, 20 de dezembro de 2007


A VIDA É UM SHAKESPEARE


Ela usou do meio mais baixo
Para pôr um fim em tudo.

Acusou inocentes
Pelo crime que ela cometeu
E ainda posou de vítima
Quando os olhos do mundo
Voltaram-se pra ela.

Disse e fez coisas
Que espero um dia,
Vê-la pagar caro
E doer a alma como um condenado de Deus.

Nada fica oculto por muito tempo.

A verdade é como a água
Tentando furar uma pedra,
Um dia... Ela consegue.

À noite em festas e motéis...
Ela não conseguira esconder
O que ela sempre fez
Para não fugir a sua natureza.

Ela gosta dele e dela
Mas é muito covarde para assumir
O que é.

O riso falso, a vida torta...
Tudo se revela quando o sol bate na janela da verdade.

Ela será sempre infeliz
Porque o que ela quer é dos outros,
E o que é dos outros, terá sempre um dono.
Ou será só restos para alimentar exagerados.

É tão estranho
Odiar de coração
Quem um dia morou nele.

Mas a vida é um Shakespeare
Encenada por nós no grande palco.

By
Guaracy Clementino.

domingo, 2 de dezembro de 2007


ACIMA DO ENCANTO

A sua estampa é tão bela,
Nossa! Esse seu jeito de olhar...
Gosto do teu sorriso,
Me lembra uma fada do mar.

Tua cara de Lavínia Vlasak
Tua boca um beija-flor
Eu juro que os teus olhos,
Co’essa lente combinou.

Sei que você é duas
Outras tantas, podes ser.
Mas mesmo nessa distância
Digo: gosto de você.

Gostas de segurança,
Da coisa familiar...
Mas aprendestes com a vida
Q’é preciso arriscar.

Moça dos anos 80
Gaúcha de coração
Sei que defendes com a vida
O teu belo e sagrado chão.

O teu humor é latente
Coisa de quem sabe ser,
Uma pessoa interessante
Nesse mundo do sofrer.

Tua liberdade de ser
Teu jeito de ver a vida,
Faz de você essa pessoa
Por tanta gente querida.

NANDA,
Se dentro d’água tem peixe,
Se dentro do peixe tem água;
Teu coração minha flor,
Não deve conhecer mágoa.

BY
GUARACY

terça-feira, 20 de novembro de 2007


OS CAVADORES DE VALA

Eles cavam a terra
Com enxada nas mãos
Pra depositar na vala,
Tubos colados com sabão.

Eles não usam os EPIs
Arriscam-se sem porque,
Parecem que não têm medo,
Esses homens, de morrer.

Eles respiram poeira
Como quem cheira uma flor,
Ouvem mil decibéis
Sem nenhum abafador.

As enxadas sobem e descem
Num movimento ritmado
Até parece que eles,
Já os tinham, ensaiado.

As botas sujas de terra,
A roupa amarrotada...
Quando chega o fim do dia,
A alma tá acabada.

Cavam a terra com pá,
Enxada e alavanca...
E as águas das nascentes,
Sem saber, eles, arrancam.

Jogam lixo nos aterros
Talvez até sem saber,
Que um copinho de plástico;
São 100 anos pra desaparecer.

Agridem a natureza
Para ganhar o seu pão,
E o seu trabalho,
Não é reconhecido, não!

São os homens invisíveis
Apesar da roupa azul,
Não importa se trabalham no Areal,
Ou no chique, Lago Sul.

By
Guaracy Clementino

COM DROGAS VOCÊ SÓ PERDE

Droga!
Perdi meu emprego
Perdi minha família
Perdi o meu ser...
Agora o que mais quero;
É deitar e morrer.

Droga!
Perdi minha saúde
Perdi meu caráter
Perdi a razão...
A minha casa agora,
É essa prisão.

Droga!
Perdi meus amigos
Perdi o meu filho
Perdi minha mulher...
Sou um farrapo humano
Sem dogma e sem fé.

Droga!
O cigarro levou o meu pulmão
O álcool levou o meu respeito
A cocaína me deixou assim;
Falando coisa com coisa,
Sem raciocinar direto.

Droga!
Esses meus olhos vermelhos
Esse meu jeito de andar
Esse meu jeito de falar...
Me escondo atrás de uma folha
Para ninguém me encontrar.


Droga!
Perdi a alegria de viver
Perdi a vontade de comer
Perdi minha paz interior...
As pessoas que eu conhecia;
Já não sabem quem eu sou.


Droga!
Perdi minha vida
Queimei meu dinheiro
Deixei de ser cidadão...
Agora sou um Zé Ninguém,
Andando na contra mão.

BY
Guaracy Clementino.

quinta-feira, 25 de outubro de 2007


UM ABRAÇO ETERNO

Olá, pessoa querida!
Que saudades de você!
Andei uns dias, sumido.
Passei aqui pra te ver.

Tô na correria da vida,
Na luta do ganha pão...
Mas sempre que dê um tempo
Virei dar-te, um abração.

Não conheço o teu sorriso,
Nunca ouvi a tua voz...
Mas não quero te perder
Para esse tempo veloz.

Tempo das coisas corridas,
Das amizades fast food.
Que exige de todos nós,
Que a coisa sempre mude.

Vou fazer a minha parte
Virei matar a saudade
Dessa consideração,
Que se criou na amizade.

Sei que as coisinhas da vida,
O dia a dia corrido,
Fará-me por algum tempo
Um sujeitinho sumido.

Mas logo que der eu venho
Com uma rima na mão
Pintar poemas de amigo
Nas paredes do teu coração.

Vou orar ao senhor tempo
Q’ele passe devagar,
Para que em sua velocidade
Ele não venha nos afastar.

Um abraço pessoa querida.
Pra ti. Só, felicidades!
É o que deseja esse amigo
Que tá morrendo de saudades.

Guaracy Clementino.

quinta-feira, 20 de setembro de 2007


TEM JEITO NÃO!

Eu já perdi meu juízo
Tentando entender,
Como essa corja de bandidos
Conseguem se reeleger.

E fica minha Brasília
(essa sim, a oficial);
Estampando as manchetes
Espalhadas no jornal.

Parecemos elefantes
Amarados em roseira,
Quando chega a eleição
Damos aquela caganeira.

Trazemos defuntos de volta,
Elegemos coitadinho...
Depois ficamos perdidos
Procurando o caminho.

“Vamos celebrar a estupidez do povo”
Nosso país, que não é nosso, não!
Parece que o Brasil é agora;
Dos Rorizes, Renans e de ladrão.

Mas se impera no Brasil
Essa corja de assaltantes,
É que os Brasileiros
Não somos mais como dantes.

Que enfrentávamos o exército
Para a democracia vingar,
Agora essa democracia,
Precisa se “cidadanizar”.

É por isso que eu digo:
Vamos aprender a lição,
Varrer da nossa política
Todo tipo de ladrão!

By
Guaracy Clementino.

segunda-feira, 3 de setembro de 2007


A LUA NO CÉU DA BOCA DE ANNA.

Hoje chegou
Um e-mail bacana,
Foi um e-mail lindo
Da minha querida ANNA.

Dizia: você viu,
A lua lá fora?
Tá tão bonita,
Vê lá se não chora!

Choro não, ANNINHA.
A lua é minha amiga,
Meu regente também.
Até porque pra chorar,
Lágrimas, não tem.

Mas tá linda, sim.
Lembrou-me você
Que é tão bonita
E vive a se esconder.

Com fases que vêm
Com fases que vão...
E sabes como ninguém,
Se esconder do coração.

Dizem que a lua é ingrata
Coisa de poeta amando,
A lua é uma ANNA PAULA
Aos pouco se revelando.

Se esconde e aparece
Vira prece, poesia...
É a claridade dos olhos
A lua que ilumina o dia.

E eu...
Sou o sol sem brilho
Perdido na escuridão
Durmo com um anjo torto
Pegado em minha mão.

Mas, ANNA você é linda.
Como a lua lá no céu,
Se tu não fosses minha amiga,
A vida seria cruel.

By
Guaracy

TOXIMPATIA

Há uma parte de nós
Que é tão desconhecida
Que parece que vivemos
Nessa vida...Outras vidas.

Temos a “CABRA SECRETA”
Como disse: Elizabeth Hilts.
Escritora americana.
Temos uma pessoa ruim e,
Uma outra pessoa, bacana.

Somos uma coisa dual
Com tendências para o bem
E afinidades com o mal.

Cada um de nós sabe ser;
O bandido e o herói,
O gato que come
E o rato que rói.

Somos a tia fatal

Com um cigarro na mão
Um Martini noutra
E uma bronca na ponta da língua
Para quem dorme de touca.

A gente diz o que pensa
E pensa o que diz,
E brincando de sofrer,
Aprende a ser feliz.

Damos nomes aos bois
Chamamos inimigas de vacas
Cortamos a línguas dos vizinhos
Rasgamos o verbo a facas.

Estamos sempre em contradição
Fazendo aquilo que recriminávamos
E se alguém faz algum comentário;
Mandamos as favas.

Entramos em becos
Sem saída sentimental,
Escrevemos com as lágrimas;
A vida em água e sal.

Aprendemos a dizer sim
Quando queria dizer não,
Somos eternos escravos;
Entre o bem e a razão.

By
Guaracy

sábado, 1 de setembro de 2007


VAMOS CELEBRAR

Vamos celebrar a vida!
Fazer vibrar o coração,
Vamos dizer olá a um estranho
Pegar sorrisos com a mão.

Vamos cantar para os pássaros
Bebericar as flores,
Vamos infestara a vida
Com as coisas dos amores.

Vamos viver o agora
O amanhã é só amanhã
Não vamos perder mais tempo
Sonhando com coisas vã.

Vamos fuxicar com os amigos
Dar uma volta na praça
Lavar a louça da pia
Achar pessoas sérias, uma graça.

Vamos caminhar um pouco
Sem rumo e sem direção
Exercitar a simpatia
Que temos no coração.

Vamos viver coisas pequenas
Coisa grande vem e passa.
E o que causa frustrações,
Deixa a vida sem graça.

Vamos viver as miudezas:
Os sorrisos, os abraços...
Vamos mandar os problemas
Dá uma volta no espaço.

Vamos!

BY
Guaracy

FIM DE CASO

Acabou. E agora?
Quem ira saber
Porque você chora?

Seu coração feito em pedaços
Como uma louça partida,
Alguém lhe roubou o que havia
De mais precioso na vida:

À vontade de sorrir,
O colorido do olhar...
Alguém levou tudo isso
E te deixou a chorar.

Você teme o vazio,
Essa vontade de morte.
Se sente tão infeliz,
Não acredita na sorte.

Você lamenta a perda
De alguém Q’nera teu
Agora vive a vida
Como alguém que já morreu.

Reconstrua sua vida!
Refaça-se novamente!
Encontre nas coisas simples
Essa alegria ausente.

Vença a solidão,
Essa amiga cruel!
Saibas que a tristeza,
Não leva ninguém p’ro céu.

Aprenda a perder!
E a perdoa-se, também,
Porque tá certo o ditado:
Ninguém é mesmo...
De ninguém.

By
Guaracy

domingo, 26 de agosto de 2007


MEU CORAÇÃO É BRASILIA


Meu coração não é candango
Nem Brasiliense ele é.
Meu coração é Brasília
Da esperança e de fé.

De que um dia o bom senso
Se faça aqui presente
E quem não é de Brasília,
Aprenda a votar consciente.

Que os bois se libertem
Que arrebentem os currais
Que o povo deixe pra trás
Os tempos generais.

Que o voto seja honesto
Consciente e verdadeiro
Que não tenhamos na bunda
A marca de um ferreiro.

Que leite e pão não comprem,
A nossa dignidade
Que aprendamos a ser
Os cidadãos de verdade.

Meu coração é um ipê
Resistindo as queimadas
Da burrice dos homens
Que joga fogo na estrada.

Meu coração é um lobo
Entrando em extinção,
De ver tanta desigualdade
Numa mesma eleição.

Meu coração grande teima
Insiste em ser igual
A Brasília dos brasilienses
Que é a Brasília real.

By
Guaracy

quarta-feira, 15 de agosto de 2007


DORMENTE DE TRILHO

Deixo-me ir
Pelos trilhos do trem
Que passa aqui no Val.

Nada mal.

A cabeça cheia,
O vento na testa...
E uma sensação estranha;
Que a vida, não é o que resta.

Meu coração decadente sente
A dor da saudade triste
Caminhando nos dormentes
Que contra a tudo resiste.

Pedras de brita
Jogadas no chão
Para que escoe as águas
E não nasça vegetação.

Lá vem o trem sem sentido
Soltando um gemido assustador
Faiscando nas margens roubando a coragem
Desse sonhador.

Mas a vida me grita
Entrando nos olhos com simplicidade
Dizendo que sofrer é uma loucura
E que uma flor de espinho,
Tem lá sua ternura.

Já não quero partir
Acho melhor ficar
Valparaiso não é um céu
Mas é aqui, o meu lugar.

“Vou danado pra Catende
Vou danado pra Catende
Vou danado pra Catende
Vou com pressa de chegar”

E no trem do Ascenso Ferreira
Das Alagoas do sertão,
Vou pegar uma carona
E deixar meu coração.

By
Guaracy

quinta-feira, 9 de agosto de 2007


CORCUNDA


eu fui amado por muitas mulheres

e, para uma vida corcunda

isso é uma sorte

tantos dedos adentrando meus cabelos

tantos abraços apertados

tantos sapatos atirados sem cuidado no tapete do meu

quarto.

tantos corações em busca

agora tão nítidos em minha memória que

caminharei para a morte,

lembrando

tenho sido tratado melhor do que deveria ser -

não pela vida em geral

nem pelo mecanismo das coisas

mas pelas mulheres

mas houveram mulheres que me deixaram plantado no quarto sozinho

encurvado

com as mãos no saco

pensando

por quê por quê por quê por quê?

mulheres vão para homens que são porcos

mulheres vão para homens com almas mortas

mulheres vão para homens que trepam pessimamente

mulheres vão para sombras de homens

mulheres vão

vão

porque precisam ir

pela ordem dascoisas.

as mulheres sabem mais

mas muitas vezes escolhem na

confusão e desordem

elas podem curar com seu toque

elas podem matar o que tocam e

eu estou morrendo

mas não estou morto

ainda.


by

Charles Bukowski


terça-feira, 7 de agosto de 2007


NOSSA AMIZADE É UM VINHO

Hoje eu vim te ver
E trago cá,
Um poema...
pra si tomar.

Para mostrar que não minto
Beba com esse amigo,
Um gole de vinho tinto.

Para mostrar que sou franco
Sente-se aqui, nesse banco!
E beba a minha amizade,
N’uma taça de vinho branco.

Para mostrar aos secos
O quanto gosto de você,
Bebo suave a tua saúde!
N’um gole de vinho rosé.

Tomo um espumante bruto
Devagar e sem pressa...
E fico horas e horas
Perdido nessa conversa.

Vamos viver a vida
Sem moderação!
Bebamos um vinho do Porto
Pra aquecer o coração.

Vamos usar um Baumé
Para medir a doçura
Dessa nossa ternura.
Que a nossa amizade,
Mantenha–se, na temperatura.

É sempre vinho e verdadeira
Essa nossa ligação,
Que quanto mais envelheça,
Mais se firme no coração.

E para finalizar...

Trago um Bouquet de abraços
Aromatizado e encorpado pelo vinho,
Para que você saiba;
Que nunca...
Estarás sozinho.

Saúde!

BY
Guaracy Clementino

sexta-feira, 13 de julho de 2007


ETCÉTERA

Às vezes a vida me faz sentir,
Como se estivesse sentindo;
A “SINDROME DO BONECO DE VITRINE”.

Sabe quando você pára em frente a uma vitrine,
E fica olhando aquela roupa
Sem pouco se importar com o boneco
Que a está vestindo?

Pois, às vezes a vida me faz sentir assim.

Parece que viramos vítimas de um alheamento absurdo,
E dentro de cada um de nós, há um sentimento de insignificância;
Muito grande.
Se não vejamos: Se uma pessoa qualquer ficar parada bem no meio de uma rua
Movimentada de uma cidade desconhecida onde ninguém a conheça,
Você acha que alguém vai parar para falar com essa pessoa?

Pense!

Ali. Parado. Você pode observar as pessoas dentro dos seus carros;
Imóveis como bonecos que são levados de um lado para o outro
Pelas máquinas da modernidade.
Elas parecem ou não parecem manequins de vitrine?

Já não andamos mais a pé, não conversamos mais com os vizinhos,
Não voltamos mais tarde da noite andando devagarinho pelas ruas olhando a lua,
Já não falamos mais com desconhecidos (temos até medo deles), já não mais somos
Amigáveis...

É estranho como as cidades têm os seus males.

Talvez você nem perceba essa cena,
Afinal, ela se tornou tão banal como os crimes políticos praticados em Brasília.

Acho que estamos fazendo da vida algo insuportável.
Algo que está nos tornando pessoas hipócritas e sem uma alma para alimentar.

Acreditamos em tudo e em todos. E geralmente somos lesados.
Somos os bonecos de vitrine que se vestem iguais, que comem os mesmos McDonald's, que vê a mesma novela, que usa o mesmo sabão em pó e que se acham bem diferentes.

Estamos dizimando o bom senso e enterrando a razão nos quintais da ignorância.

Onde está a nossa individualidade?
Cadê o cada um por si?
O que será o diferente hoje em dia?

Pense!

É por isso; que fico aqui parado. Como se fosse um boneco de vitrine,
Observando a vida e os seus viventes.

By
Guaracy.

quinta-feira, 5 de julho de 2007


QUANDO OS ANJOS DIZEM
ADEUS.


Emanuel é... Conosco está Deus.
Assim diz a etimologia,
Mas como explicar a morte,
Essa senhora tão fria?

Êi, Emanuel!
Por que fostes tão cedo,
Bordar mais uma estrela
Na imensidão do céu?

Vós fostes o carinho
Que trouxe felicidade,
Fruto da árvore do amor
Que nasce com a amizade.

Tu foste à luz
Que iluminou nosso olhar,
Mas que agora é uma estrela
Que vive no céu a brilhar.

Tu foste fã dos heróis
Do BATMAN em especial,
Eu também sou um Batmaniaco,
Que coincidência legal.

Fostes, presente de Deus”.
“Garoto assim sem igual...”
Nas palavras da tua mãe,
Você será imortal.

Jóia...
Que brilhou do sorriso.
De nove meses de espera.
Mas que partiu aos 4 anos.
Por que não vivestes mais cem?
Voltar atrás... Quem dera!


By
Guaracy


“É tão estranho
Os bons morrem jovens
Assim parece ser...”

quarta-feira, 27 de junho de 2007


VOU-ME EMBORA DE BRASÍLIA.

Vou-me embora de Brasília,
Pois já não agüento mais
As noticias escandalosas
Estampando os Jornais.

É deputado bandido,
Ex-Govenador ladrão...
Brasília tá parecendo
A mãe da corrupção.

E não é só, os lá de fora.
Que vêem aqui pra roubar,
São as cobrinhas de casa,
Que aprenderam a voar.

Vou-me embora de Brasília
Eu não consigo entender,
Como “AQUELE” deputado
Conseguiu se reeleger.

Parece que quem mora aqui
Não ama essa cidade,
Vive cagando nas urnas
Pra nossa infelicidade.

Vou-me embora de Brasília
Cidade do meu coração.
Juscelino deve tá se revirando
Lá dentro do seu caixão.

Vou-me embora de Brasília
Antes que queiram roubar;
Além das margens, as águas,
Do logo Paranoá.

Guaracy Clementino

domingo, 24 de junho de 2007


BILHETE PARA UM POETA

JANDUHI tô encantado
Com o livro que de ti, comprei.
Mas também fiquei feliz
Com os cordéis que ganhei.

Já li todos rapidinho
E quero lhe agradecer,
Por pelos olhos da rima,
PATOS eu conhecer.

Segui o enterro de TOINHA
Mas que fato inusitado!
Nunca tinha visto um cristão
Ser em dois caixões enterrado.

Também pedi a ZÉ JOÃO
Pra ele se candidatar,
Porque político de coração
Na minha BRASILIA não há.

Vi passar pela minha vista
CÔCA com o seu cartaz,
E uma amiga me disse:
“CLODOVIL daria mais”.

Na peleja do moderno
Com o “Quase” ultrapassado;
Entre o e-mail e a carta,
Eu fico é com o recado.

“A alma do senador...”
Acho que devia ser
O livro de cabeceira
Pra todo político ler.

A história de ZÉ BOCÃO
É coisa mais verdadeira,
Quem nunca teve um chefe,
Que não lhe falou besteira?

E com o aluno inteligente
Eu aprendi uma lição;
É melhor se lê um livro,
Do que vê televisão.

By
Guaracy Clementino

quarta-feira, 20 de junho de 2007


O ESPANTALHO

Pareço algo plantado
Na imensidão do vazio
Não tenho um abraço amigo
Pra me proteger do frio.

Minha saudade é imorredoura,
Sou um espantalho,
Vigiando tua lavoura.

Faça sol ou faça chuva
Minhas lágrimas de viúva
Não vão te trazer,
Todos me olham;
Mas ninguém me ver.

Sou feito de palha de arroz,
Sou feito de palha de milho
Eu sou o filho sem pai
Ou o pai sem filho?
Talvez um trem...
Que tenha deixado os trilhos.

Estou de braços abertos
Esperando você,
Eu sou o espantalho
Que ninguém ver.

Sou uma estranha criatura
Um misto de loucura
Com algo sem razão.
Eu sou um espantalho
Que tem coração.

Cá estou,
No sol e na chuva.
Essa saudade imorredoura
Me deixa a vista turva.

By
Guaracy Clementino


O PRAZER DELA

Ela adora odiar
Vive a mergulhar
Em oceano de cólera.
O amor rir dela,
Abre-lhe janela
Para o mal dizer.
Ela vive a fazer
Promessa para não cumprir
Acorda, quando todos vão dormir.
Ela canta para solidão
Músicas de saudades,
Ela arranca pedaços de coração
Somente, por pura maldade.
Ela se parece com gente ruim
Ataca-me com palavras
Que mais parecem;
Socos no rim.
Gosta de testar meus limites
Agredindo-me sem querer
Tornando ainda mais triste
Essa tragédia que é viver.
A morte não separa
Somente o desamor,
Ninguém vive a vida inteira
Cultuando a velha dor.
Finge sorriso falso
Engana-se o tempo inteiro
É capaz de vender a mãe
Por um pouco de dinheiro.
Essa garota não é legal
Ela é tudo de mal
Se parece com os vermes
Que vivem no meu quintal.

By
Guaracy

OPTA

No espelho em que me olho
Já não sou mais o meu dono
Só enxergo a você;
Que vive atirar-me o sono.

Noites sem dormir
Dias sem comer
Vivo me alimentando
Do que sinto por você.

Vida corroída,
Becos sem saídas...
Transformaram-se os caminhos
Que trilham a minha vida.

Sou um prisioneiro
Que não consegue explicar
Tenho a liberdade,
Mas não quero me mandar.

Prefiro te servir
Ser o teu escravo
Por você, eu cozinho,
Passo e lavo.

Corre!
Vem me ver
Vem me desentristecer
Traz para mim
Um pouco de você.

Tô precisado!
Quero ter alguém,
Que viva para sempre,
Alimentando o meu bem.

By
Guaracy Clementino


terça-feira, 19 de junho de 2007


CONVIDANDO ARIANO SUASSUNA
PARA MORRE EM BRASILIA.

ARIANO morra aqui!
Bem no planalto central
Morra de braços abertos
Em frente a Catedral.

Morra na W-3
No Exinho ou no Eixão
Morra de olhos abertos
Com uma Caliandra nas mãos.

ARIANO morra aqui
Deitado no gramado feito uma criança
Morra de felicidades
Na capital da esperança.

Morra de peito aberto
Nas Asas desse avião,
Que também deve fruto
Do sonho dessa nação.

ARIANO morra aqui,
Na Rampa ou no Congresso
Nessa cidade que é,
A mais linda do universo.

Morra na Ceilândia
No Gama ou no Guará
Morra nas águas brilhantes
Do lago Paranoá.

ARIANO morra aqui
Embora sejas imortal,
Saiba. Existem duas Brasília;
A real e a oficial.

Morra na Brasília Real
Dessa gente hospitaleira
Herança dessa mistura
A mais pura e Brasileira.

ARIANO morra aqui,
A galope no sonho de JK
Q’eu prometo mandar seu corpo
Pra tua Taperoá.

By
Guaracy



quinta-feira, 14 de junho de 2007


MULHER CÃO

Porra – louca,
Sujeita sem coração
Essa que vive no cio
Garimpando solidão.

Dorme com os vira-latas
Saí a noite pra aprontar,
Se achando a importante
Ela só sabe é dá.

Não importa o companheiro
Se ele é feio ou bonito,
Ela acorda o bairro inteiro
Quando geme e da um grito.

Mulher-Cão sem pedigree
Anda sempre em matilha
Seu coração é uma pedra
Perdida em uma ilha.

Ela é muita má,
Quando solta nos quintais.
Arranca pétalas de flores
E come pobres pardais.

Ela mija onde mora
Também mija quando dá,
Tem uma esperança vermelha
Morando no seu olhar.

Vive pousando de Star
Essa aprendiz de Chacrete,
Limpa os dentes com chiclete
Quando paga um boquete.

É uma praga proliferante
Esse tipo de Mulher-Cão,
Que faz da vida uma festa
Sem sentido e sem razão.


By
Guaracy

terça-feira, 12 de junho de 2007


DIAS DOS NAMORADOS

Hoje o dia é especial
Pra quem namora ou não,
É dia de exercitar,
As coisas do coração.

Dia de comprar presentes
De dá beijos adoidado
Não importa se o cristão
Tá solteiro ou casado.

Amor tem pra todo gosto
Seja lá que jeito for,
O importante hoje,
É comemorar o amor.

Hoje é dia de Princesas,
Também é dia do Ogro.
Hoje é dia em que de noite,
A cama vai pegar fogo.

Hoje é o dia da tinta
Que tudo muda de cor
Que transforma feio em lindo,
A tinta chamado amor.

Hoje é dia do encanto
Seja príncipe encantado
Faça com que o dia de hoje
Seja pra sempre lembrado.

Não deixe de ser criança!
Tenha olhos de esperança,
Sorrisos de girassóis...
Queira o que a vista alcança
Debaixo dos teus lençóis.

Hoje é dia de ser louco
De fazer todos duvidar;
Se a terra gira ao contrario
Ou os rios nascem do mar.

BY
Guaracy.

segunda-feira, 11 de junho de 2007


SWEET WATER

A chuva é água doce
Caindo do céu para as plantas,
Regando a terra, molhando os vales.


Minhas lágrimas são água salgada
Parecida com soro;
Expurgando tristezas, lavando-me a alma.


Água doce quando cai no mar
Vira sal e solidão
Lágrimas que não escorre dos olhos
Inundam o coração.


Água doce é da fonte
Nasce do céu, brota da terra.
Será num futuro próximo
Motivo para uma guerra.


Água salgada:
É urânio, é prata, é ouro...
Devemos preservar
Esse tão raro tesouro.


Água doce parada,
Apodrece.
Quem ver alguém chorando,
Por muito tempo,
Já mais se esquece.


Água doce vira rios,
Vira lagos e tempestades
Água de lágrimas se traduz
Na mais pura das verdades.

P/ Nansi Nevins(Kelli Williams)


By
Guaracy

QUEM FICA SÓ,
APRENDE COM O PÓ.

Ensina-me
Como esconder sentimentos,
Guardá-los em tumbas de cimento,
Enterra-los no chão.
Ensina-me
Como enganar de vez
Esse meu louco coração
Sem feri-lo.
Tem dias que quero abri-lo,
Desmontá-lo todinho,
Trocar o forro de dentro
Por outro forro novinho.
Tem noites que perco o sono
Fico dias sem dormir
Pensando numa maneira
De como dele, fugir.
Prometo, juro, garanto.
Que nunca mais nessa vida
Você me verá aos prantos.
Experimentei o sal das lágrimas
Ele me acalmou
Eu aprendi direitinho
O que o sofrimento ensinou.
Quem fica só, aprende com o pó,
A ser barro de novo.
Por isso diga ao povo:
Tô indo a luta!
Com culpa ou sem culpa
Não vou usar de desculpas
Para não tentar de novo.

By
Guaracy

VOZ DE JURITI

Célia Porto,
Sua voz
É suave de ouvir,
Me faz lembrar;
O canto da juriti.
Também vejo beleza
No seu olhar de tigresa.
Palhaço bonito
Soltando o grito em “perfeição”
“Riacho de areia” correndo nas veias
Desse nosso planaltão.
“Estrela da terra”, soldado sem guerra,
Vigiando com a voz;
A Brasília de todos nós.
Menina mãe, mulher “curumim”;
Musa do Renio, cantando pra mim;
“Trim!!!”.
Pequena baía de imensa beleza
Tens na voz a grandeza
De um rio virando mar;
Célia Porto... é muito bom,
Te ouvir cantar.
Músicas do Renio, Aldo, Makau...
Na tua voz, ficam muito legal.
Também do Eduardo, Gérson, Legião...
Tocas como ninguém;
O meu coração.
Pequena mulher, grande cantora.
Espantalho de tristezas
Da minha lavoura.
É por isso que eu digo:
Se a Ema gemeu
No tronco do juremá...
É porque não ouviu,
A Célia Porto cantar.

By
Guaracy

POR QUERER VOCÊ

Queria escrever qualquer coisa
Alguma coisa eu queria escrever
Não sei bem o que era,
Mas sei que era alguma coisa pra você.

Queria dizer com palavras
Ou mesmo gesto, que fosse.
Que a vida sem você,
É um mar que se findosse.

Queria que o teu olhar
Prendesse o meu
E que você nunca duvidasse,
Que pra sempre,
Eu vou ser teu.

Queria-te verdadeira
Como as flores do jardim,
Queria que você fosse um sol
Que não brilhasse só pra mim.

Queria afogar o meu tempo
No templo do teu coração,
Andar pelas ruas desse Val
Pegado na tua mão.

Queria uma noite de lua
Com muitas estrelas no céu,
E ser um beijar-flor,
Para beber do teu mel.

Queria a crueldade da espera,
Só um minuto a mais,
Para encontrar nos teus braços
A eternidade da paz.

Queria-te pra sempre.
Que nunca tivesse fim,
Essa vontade imensa
De você morando em mim.

By
Guaracy

sexta-feira, 8 de junho de 2007


AO PÉ DE IPÊ LÁ DA PRAÇA.

Ora, veja você.
Agora até o pé de ipê,
Que fica lá na praça,
Anda meio sem graça,
Sem vontade de viver.

Tudo porque nunca mais,
Eu lhe falei de você.

Anda triste o coitado
Parou de florir
Parece que nada mais,
O fará sorrir.

Tem dia
Que a noite é foda;
Essas dores de amores
Parecem que virou moda.

Me disse ele, assim;
Em tom de confissão,
Como se tivesse uma espada
Gravada no coração.

Meu dia não passa
Nesse lamento sem graça
Vendo essas pessoas
Sentadas nessa praça.

Chorando magoas
Roendo suas dores,
Chorando pra mim
O fim dos amores.

E nem assim...
Com toda essa abertura,
Eu falei de você,
Que é,
A minha loucura.

By Guaracy



quinta-feira, 7 de junho de 2007


QUASE UMA NOITE COM SOL

Eu odeio tudo isso.

Odeio ficar aqui horas e horas
Pensando em você,

Pensando numa pessoa
Que me fez desejar a morte,
Só porque ela não estava
Por perto.

Odeio sentir tua falta
E confundir o teu rosto,
Com desconhecidos.
Odeio ficar deprimido
Quando penso em você.

Desperdiço lágrimas
Quando tento afogar a saudade
Que parece saber nadar
Em água com sal.

Mágoas.
É o que eu sinto agora
Depois que tudo passou.
Esse buraco imenso,
Que cabe intero,
O maior trator.

Me perco no mundo das lembranças.
Que fica entre o passado e o presente,
Onde o corpo fica,
E o pensamento vai;
Deixando um ser inerte
Que parece sem alma.

E nessa lamentação inútil
Eu crio imagens
Que vira poema e que vira depoimento,
E toda essa coisa;
Que parece
Sem cabimento.


BY

GUARACY

A MENTIRA QUE VOCÊ ME CONTOU


É assim todo dia
O anjo negro da saudade
Desce do seu céu particular
E vem me tentar.

Sussurra o teu nome
No meu ouvido
E o meu pensamento
Liga o vídeo tape
E começa a passar cenas de nós dois
Que pareciam esquecidas.

Parece mais uma sessão da tarde
Repetindo o mesmo filme
Um milhão de vezes.

Sinto o teu cheiro
Como se você estivesse ali,
Bem ao meu lado.
Ouço a tua voz, vejo os teus olhos,
Toco o teu nariz...
E me lembro de um tempo
Em que éramos felizes.

Essas lembranças,
Vira-me a cabeça.
Enlouquecendo-me,
Até os ossos.

Medito sobre o passado
E tudo é tão distante
Sei que nunca mais
Será como antes.

Mas a vida segue...
E quem poderá dizer,
Se não houve de verdade,
Amor, entre eu...
E você?

by

Guaracy

quarta-feira, 6 de junho de 2007


O TEMPO CURA

Fez-me desejar-te.
Fez-me amar-te,
Fez-me querer viver
Esse amor para sempre.
“Quando o para sempre,
Sempre acaba”.
Já dizia o RENATO
Em uma de suas canções.

Mas hoje vivo no muro das lamentações
Batendo a cabeça contra a parede
Como um condenado de ALÁ.

Vivo a procurar as razões
Do que aconteceu,
Quando era mais fácil aceitar,
Que o que havia,
Morreu.

Sinto esse vazio imenso.
Tão imenso vazio,
Que mesmo a 40° Graus,
Meu corpo anda sentindo frio.

Estou imobilizado,
Os músculos todos travados,
Um horror!
Pareço uma personagem de um filme
Que o Mister Freeze,
Congelou.

Fez-me amar-te.
Fez-me desejar-te.
Fez-me sofrer...
Mas agora,
Eu estou muito bem,
Por saber,
Quem é você.

by

Guaracy

PARA SER FELIZ DE MENTIRA.

Já não vejo mais
Você deitada no colo das colegas
Como se elas fossem suas amigas de infância.

Já não vejo mais as fotos
Das festas intermináveis
E dos amigos do peito
Em abraços grátis
Dados no escuro.

Já não vejo mais o teu sorriso de felicidade
Achando-se a querida
Da vida de quem você não conhecia.

Já não vejo mais você
Toda pose se pensando star
Aparecendo nas festas
Para as outras, ti gozar.

Já não ouço mais o teu nome
Nos telefones das amigas
Chamando uma as outras
Pra cai na vida.

Já não vejo mais tua filha
Enfiada num quarto, dormindo,
As três da manhã na casa
Do teu caso.

Já não sinto mais medo
Em te vê por ai,
Procurando alguém
Com quem dormir.
Já que te abandonaram
Como um cão sardento.

Já não sinto mais nada

Agora já tenho dó
De te vê só
Comprando companhia
Quando antes
Você insistia
Que era amada.

By
Guaracy

segunda-feira, 4 de junho de 2007


PARCEIRO DA MORTE


Deixo nessa calçada
Deitado num papelão,
Essa criança infeliz
Fruto de uma agressão.

Que nasceu de um desamor,
Da dor de ser infeliz,
Deixo para a sociedade
Essa minha cicatriz.

Que nasceu desse modo
Que a cima. Narrei...
Que muitos dirão um dia;
Porque eu não abortei.

Deixo esse clandestino
Assim, de forma ilegal,
Esse indefeso humano,
Projeto de marginal.

Deixo no abandono
Entregue a própria sorte,
Alguém que eu sei;
Será parceiro da morte.

Deixo abortada a esperança
O futuro sem futuro
A segurança das pessoas,
Eu deixo andar no escuro.

Deixo mais uma vítima
Do racismo social,
Será em breve noticias
Em páginas de um jornal.

Deixo sem educação,
Sem nem cidadão chegar a ser...!
Esse que será algum dia,
Mais um bandido na Tv.

By
Guaracy Clementino

segunda-feira, 28 de maio de 2007


O MONSTRO DO SERTÃO

Eu vi numa exposição
O monstro do meu sertão.
Era um sol xilogravado
Arte de um artesão
Que veio pra capital
Fazer uma exposição.
Seu nome é J. BORGES
Pernambucano arretado
Que tem em ARIANO
um fã dos mais devotado.
O monstro era um sol
Que tinha ganhado um corpo
Caminhava pelo sertão
Deixando quase tudo morto.
Quem conhece o tema
Ou viveu essa agonia
Reconhece nesse monstro
A sua antropofagia.
J. BORGES é um nordestino
Assim como ARIANO
Conhece bem a peleja
De um pobre se aritirano
Do chão que lhe viu nascer
Deixar tudo em abandono
Para depois se perder
No beco do desengano.
J. BORGES e ARIANO
Vivem a seca do sertão
E faz dela um pano
Para sua criação
De representar a miséria
De um povo, uma nação
Que sofre ano a ano
De um mal, sem solução.

By
Guaracy

TE BUSCO

Fico me olhando
Nas coisas amargas
Buscando um pouco
Da minha vida
Nesses restos
E cinzas.
Coisas estranhas
Não me respondem
Apenas, o passar dos dias,
Me roubam as formas
Do teu rosto.
Te busco
Perdido entre estranhos
Que caminham pelas ruas
Indo e vindo
Tornando os dias
Tão iguais.
Não há mais
Paisagens conhecidas
Onde possa te encontrar.
Parece que a sorte
Não combina comigo
Só encontro abrigo
Nas asas da solidão...
Eu... E esse...
Meu negro coração.

By
Guaracy

TRATADO DE MAGIA

Eu li teu nome
no AVESTA
e fiquei besta
em saber;
que um demônio
como você
é tão antigo.


O mundo corre perigo!
consulte o PEQUENO ALBERTO
tem um anjo por perto
querendo ajudar.


Pentagrama sagrado
desenhado no caminho
proteje-me
de pessoas como você.


De nada adianta
você ter lido o PICATRIX,

uma pessoa feliz,
você não consegue
matar a distância.


Vou comer meu paiote;
a carne de deus,
o botão que liga a luz da visão.



dançando pra lua
numa noite de sabá
eu vim viver
nessa vida
só para te encontrar.


by

Guaracy






NOTAS:
AVESTA- Livro Iraniano um dos mais antigos que há
PEQUENO ALBERTO- Livro publicado em lion, na França em 1758
Picatrix- manual de magia traduzido da Árabe, em 1256
Paiote- cacto usado para induzir a visões.
PÃ- Deus sensual líder dos sátiros.
ESSE POEMA É DEDICADO A UM GRANDE AMIGO OCULTISTA

domingo, 27 de maio de 2007


O BANHO DOS PARDAIS

SONHO...
LIBERDADE....
VÔO LIVRE...
EMOÇÃO.


A SENSAÇÃO DE RISCAR O CÉU
SEM DEIXAR RASTROS
SE BANHANDO NA LUZ
MAIS PURA.


DESFRUTAR DA TERNURA
NO SEU MAIS EXATO.


OS PARDAIS
SÃO UM RETRATO
DE COMO A VIDA DEVE SER;
SENTIMENTOS CORTANDO O VENTO,
RASGANDO OS OLHOS DA BELEZA,
ESPIRITOS DA NATURAZA,
ALMAS DO AMOR,
QUE SE ATIRA NAS INCERTEZAS
EM UM GRANDE VÔO.


ASSIM SÃO OS PARDAIS:
DOCES ANIMAIS,
QUE SE LEVANTAM COM O DIA
CANTANDO SUAS MELODIAS URBANAS

COM UMA MAGIA CICANA

DE TEMPOS ATRÁS.


SIMBOLOS DA SOBREVIVÊNCIA

DE MUDANÇAS PROFUNDAS

ENTRE A NATUREZA E O HOMEM.


PODEM SER IRRITANTES,

MAS NADA SERÁ COMO ANTES

ENTRE O HOMEM E A NATUREZA;

VIVEMOS MATANDO A BELEZA

E OUTRAS SE FAZEM.


QUE VENHA O FUTURO
E TODA MODERNIDADE,

SEMPRE HAVERÁ PARDAIS

NA MINHA CIDADE.


SABE POR QUÊ?
PORQUE A SIMPLICIDADE
PARA SEMPRE
SERÁ.


BY

GUARACY


O LIVRO DE PENITÊNCIA DE ADÃO

Quando o fôlego da vida
Mim foi soprado;
Um coração no meu peito
Foi criado.

Virei alma vivente,
Vi brotar do solo sem vida
Florestas de plantas,
Bichos e outros seres.

Um dia
Caí num sono profundo
E quando acordei...
Lá estava ela,
Bela;
Como um arco-íris cruzando o céu,
De um olhar negro e profundo
Como as águas do rio Pison,
Ela se tornaria,
O meu lado mais bom.

Dos ossos dos meus ossos
Da carne da minha carne
Do veneno da minha paixão,
Ele criou de mim,
Algo sem explicação.

Perdi meu coração
Quando ela chegou.
Conheci a dor
De sofrer por alguém,
Logo eu,
Que não tinha ninguém.

De repente,
Vivia encantado
Com aquela mulher
Ali do meu lado.

Ela passou a ser o ser
Que daria sentido a tudo,
Até despertar em mim,
Vontade de ficar mudo.

Só olhando, contemplando,
E sem entender;
Como poderia existir alguém
Que fosse o mais lindo ser.

Ela chegava
E o paraíso estava ali,
Totalmente portátil,
Movendo-se de um lado para o outro
Como se fosse uma onça selvagem.

Sei o que vocês irão dizer:
Pequenas bobagens
Tem um grande valor,
Quando se acredita ter na vida,
Encontrado um grande amor.

By Guaracy.

quarta-feira, 23 de maio de 2007




QUEM NÃO VIVE PRA SERVIR
NÃO SERVE PARA VIVER.

Oh, você!
São mortos os que nunca acreditam
Que possam ser,
O milagre de alguém.

Na vida sempre tem;
Uma pessoa triste,
Com medo de viver,
E que precisa muito
De alguém como você.

Estamos só de passagem
Seria uma grande bobagem
Não doar o tempo seu,
Para quem, já, quase morreu.

Os velhos nos hospitais
Cansados já de viver
Precisam que você escute
O Q’eles tem pra dizer.

As crianças nos sinais
Vendendo os doces...
Das amarguras da vida.
Pobres crianças, tão sofridas!

Teu colega de trabalho
Sempre tão esquentadinho,
Precisa de atenção
E um pouco de carinho.

Sinta a maravilhosa, a imensa...
Alegria de servir.
E descubra o porque
Do ser humano existir.

Que o seu nome,
Seja “Aquele que Serve”.

Serviste hoje?
A quem?
Que tu sejas a diferença
Na vida de outro alguém.

É por isso que eu sou
Um poeta atrevido,
Acredito que o amor
Possa um dia ser ouvido.

By
Guaracy

ABRAÇOS GRÁTIS

Era uma moça bonita
Com um cartaz nas mãos
Escrito: “ABRAÇOS GRATÍS”
E dados de coração.

Curioso que eu sou
Logo me aproximei
E confesso foi uma delicia,
O abraço que ganhei.

Demorou uns três minutos
Aquela demonstração,
Que pessoas desconhecidas,
Podem exercitar o coração.

Fiquei emocionado
Com que disse um vagabundo:
“É a prova de que existe,
Ainda amor nesse mundo”

Foi uma coisa bonita
Saiu até no jornal!
E foi ai que fiquei sabendo
Da história original.

Dizem que um tal de Juan Mann
Lá das bandas da Austrália,
Teve essa idéia porreta
E que todo ano, não falha.

São milhares de abraços
Dados sem intenção
Confortando a alma
E aquecendo o coração.

Dados por um bando de jovens
Pelas ruas do Brasil,
São os abraços grátis,
Que enche o meu vazio.


By
Guaracy

UM POEMA DE AMOR PARA MEU AMOR

Eu gostaria de inventar
Um poema pra você,
Que tivesse haver
Com o seu olhar
Que descrevesse
Em uma lágrima,
O que eu sinto, a ti amar.

Eu gostaria de inventar
Uma rima que fosse,
Uma palavra doce
Que Dulce seria
A estrela da noite
Que brilha no meu dia.

Eu gostaria de inventar
Um país sem fronteiras
Onde brancos e negros,
Muçulmanos e judeus...
Usassem armas de brinquedos
E um mundo sem fariseus.

Eu gostaria de inventar
Um jeito novo de beijar,
E uma tinta especial
Para as nuvens, eu pintar.

Eu gostaria de tocar o céu da tua boca
Com a menina dos meus olhos,
E mergulhar nos seus sonhos
Como peixinhos em Abrolhos.

Eu gostaria de ser,
O tempero da tua comida...
Para temperar de amor
Os dias da tua vida.

By
Guaracy.

QUARENTA ANOS COM UMA BIC NA MÃO.


Quarenta anos que vivo
Com uma BIC na mão,
Anotando em guardanapos
Pedaços de inspiração.

Versos que nascem aos poucos
Às vezes de um simples olhar,
São muitos os motivos,
Que me fizeram pára.

Foram noites mal dormidas
Dias de solidão...
Tudo porque nasci
Escravo da inspiração.

Quarenta e poucas verdades
Das mentiras que contei,
De onde vêem tantas palavras,
Eu juro que não sei.

Mas elas moram em mim
E vivem a me acordar,
Levanto em altas horas
Para no bloco anotar.

Ás vezes não da em nada
A minha anotação,
Mas é preciso escrever
As lágrimas do coração.

Quarenta anos já vivi
Com uma caneta na mão,
Quantos outros quarenta eu viverei,
Escravo da solidão?

By
GUARACY

O OBSERVADOR DE PESSOAS

Quero ficar de braços cruzados
Vendo a banda passar
Porque num final de tarde,
É bom agente olhar:

Gente vindo do trabalho
E aquela correria,
Crianças saindo da escola
E aquela gritaria.

Passos apressados
Passam por mim,
Parece que a maratona
Esta chegando ao fim.

Com a sola do pé direito
Apoiada na parede.
Assisto alguém ao longe,
Tranqüilo...Deitado numa rede.

Respiro fundo
Com o olhar atento,
E vejo naquelas caras
Um certo ar de sofrimento.

São vidas como a minha
Que esta só de passagem,
Mas que ficam procurando
Invalidar a viagem.

Resvalam com a morte
Quase toda hora,
E quando ver alguém morto,
Quase nunca chora.

Destrata vizinho,
Fala mal de parentes...
E ainda se orgulha de ser,
Pessoas descentes.

Chega. Chega de observar
Acho que estou cansado,
Mas eu aconselho a todos
Fiquem um pouco parados.

BY
GUARACY

GLORINHA DO ENCANTADO


Glorinha,
O meu poema te adora,
É como menino na rua
Trepando em pé de amora.

Glorinha não chora
Glorinha não chora
Se não os discos voadores,
Vão embora.

Glorinha sorri
Espalha poesia,
Porque nesses dias ruins,
Precisamos de alegria.

Glorinha comunidade
Reunião de poetas
Que os corações sejam os alvos
E nós, seremos as setas.

Glorinha,
O meu poema te adora
Faz rimas com tua vida
Ele será o Bandeide
Fechando tuas feridas.

Glorinha minha amiga
Que nem se quer eu conheço!
Mas que já tem de mim,
Todo carinho e apreço.

By
Guaracy

"A ARTE DE VIVER"


Rimo palavras sem rima
Tentando criar um clima
Para você embarcar...
Nas ondas que têm a vida,
Que são muito diferentes,
Das ondas que têm o mar.

Seco lágrimas sem pranto
De um destino penoso,
De um coração que ama,
Mas é muito orgulhoso.

Não dou o braço a torcer
Nem por mim, nem por você;
Nem por nada nesse mundo
Mesmo sabendo que a vida
Pode acabar num segundo.

No avesso dos reversos
Nas rimadinhas da dor,
Escrevo com caco de telha
Velhas palavras de amor.

Como lacrar a vida e o amor,
No tumulo quando me for?
Como vencer o tédio e o temor,
Sem conhecer o que é a dor?

Porque sonho sem sono
Dias de felicidades,
Mesmo sendo forte as mentiras;
Eu acredito em verdades.

Vivo sem vida
A minha história de amor,
Porque tudo que vivi,
Foi um vento que passou.

By
Guaracy

A saudade



Saudade é uma palavra que só existe na língua portuguesa.
Ferramenta de poetas e escritores, a saudade já foi escrita e cantada por muitos seres maravilhosos que já passaram e que ainda vive por ai, sentindo suas saudades.
Tantos Vinicius, Tons, Cesários Verde, Castros Alves, Carlos Drumonnd de Andrade...Nos brindaram com suas saudades. Quem entende mais de saudades do que quem ama e tem muitos amigos?
Saudade é solidão acompanhada de uma lembrança de alguém que se foi ou de um momento que se vive intensamente, é uma das maneiras de se descrever a ausência de alguém ou algo que foi ou é muito importante para nós.
Quem nunca sentiu saudades?
Esse sentimento invisível que mora dentro de cada um e que basta uma música, uma lembrança para ela tomar forma e bailar no palco das nossas lembranças.
Existem saudades tristes; como a saudade da mãe que se foi e que nunca mais a veremos novamente (a não ser, pelos olhos da saudade), do amigo que foi embora morar em outra cidade, do cachorro que morreu por não viver tanto tempo como nós, de um amor perdido que deixou cicatrizes em nossos corações, dos colegas da época de escola que pareciam ser amigos para sempre...
Existem também as saudades alegres; como quando ganhamos aquele brinquedo tão desejado, o primeiro beijo dado com tanta ingenuidade, o show daquela banda que amávamos tanto, a primeira noite que dormimos fora de casa, o primeiro passei no zoológico...
Todos nós sentimos saudades. Falando português ou não, basta ser um ser pensante para guardar na lembrança uma pessoa ou um momento que nos seguirão para sempre.
Descrever a saudade é como abrir um álbum antigo guardado dentro da alma e bem lá no fundo do coração. Porém, poucos são os que conseguem descreve-la usando somente a escrita ou outro código qualquer, porque a saudade parece ser algo só para sentir e nunca para descrever.
Conheço muitas saudades que moram dentro de mim. E que são como quadros vivos pendurados nas paredes da memória em permanente exposição.
Quem tiver suas saudades que as viva intensamente como um poeta louco que as desenham nas calçadas da vida com pedaços de giz ou cacos de telhas só para nunca esquece-las.
Conheço uma pessoa que tem saudades dos anos 80, e que coleciona CDs das bandas de rock daquela época, tem um monte de gibis do Homem Aranha, Corrida Maluca, Fantasma, pôster do Batman na parede, carrinho do Speed Racer, bonecos do He Man, Thundercats, Falcon...Sua casa é um verdadeiro museu com todo tipo de quinquilharias que lembram os anos 80.
E por falar em saudade, a saudade que sinto é uma saudade sem fim de alguém especial que partiu há pouco tempo e que levou consigo aquela comidinha de domingo que reunia toda a família junto à mesa e fazíamos aquela algazarra, alguém que tinha um colinho quente para me proteger nos dias tristes, e que tinha um sorriso imenso para rir das minhas piadas bobas ou do desenho do Jackie Chan, alguém que era tão especial que me ensinou a encarar a dor com um sorriso nos lábios, alguém que não ficou parada no tempo e que falava a gíria dos jovens para não envelhecer o espírito, alguém que sofreu muito e que agora descansa em paz... Alguém... que me trouxe ao mundo.
Se existem saudades tristes e saudades alegres, a minha é triste e guardo dentro de mim como se fosse um filme que vejo todos os dias numa sessão da tarde interminável.
Como podem ver, a minha saudade tem um nome e um rosto e sempre estará comigo como a tatuagem que carrego no corpo feita em sua homenagem.
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