
Desde os tempos de Elêusis entre os gregos iniciados por Orfeu, os poetas costumavam guardar uma palavra sagrada, só reconhecida no seu restrito círculo. De Kerenyi a Mircea Eliade, os mestres da linguagem sagrada de todos os tempos nunca esconderam seu fascínio pela expressão imemorial (senha sagrada)identificável apenas pelos veros poetas de todas as línguas e latitudes...
domingo, 28 de janeiro de 2007
O VELHO
Dentro de mim
Mora um velho,
Foi-me dado como sina,
Se eu não morrer pelo caminho,
Minha vida ele termina.
Mesmo eu, com a cabeça jovem.
Aberta e coisa e tal...
O velho que mora em mim;
Vai assistir meu final.
Ele tem cabelos brancos,
Dificuldade ao andar,
Precisa de subterfúgios
Para poder enxergar.
Toma mil medicamentos
É João Cabral, no humor;
Mas mora dentro de mim,
Esse zangado senhor.
O velho que mora em mim
Acha a vida sem graça,
Vive com outros velhos,
Jogando dama na praça.
Professor de tudo que é dor,
É um livro esquecido
Na estante da vida.
Na face desse senhor,
Eu vejo as chances perdidas.
Meio calvo meio barrigudo,
Curvado por assim, dizer.
O velho que mora em mim,
Também mora em você.
By
GUARACY
Dentro de mim
Mora um velho,
Foi-me dado como sina,
Se eu não morrer pelo caminho,
Minha vida ele termina.
Mesmo eu, com a cabeça jovem.
Aberta e coisa e tal...
O velho que mora em mim;
Vai assistir meu final.
Ele tem cabelos brancos,
Dificuldade ao andar,
Precisa de subterfúgios
Para poder enxergar.
Toma mil medicamentos
É João Cabral, no humor;
Mas mora dentro de mim,
Esse zangado senhor.
O velho que mora em mim
Acha a vida sem graça,
Vive com outros velhos,
Jogando dama na praça.
Professor de tudo que é dor,
É um livro esquecido
Na estante da vida.
Na face desse senhor,
Eu vejo as chances perdidas.
Meio calvo meio barrigudo,
Curvado por assim, dizer.
O velho que mora em mim,
Também mora em você.
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