quarta-feira, 23 de maio de 2007




QUEM NÃO VIVE PRA SERVIR
NÃO SERVE PARA VIVER.

Oh, você!
São mortos os que nunca acreditam
Que possam ser,
O milagre de alguém.

Na vida sempre tem;
Uma pessoa triste,
Com medo de viver,
E que precisa muito
De alguém como você.

Estamos só de passagem
Seria uma grande bobagem
Não doar o tempo seu,
Para quem, já, quase morreu.

Os velhos nos hospitais
Cansados já de viver
Precisam que você escute
O Q’eles tem pra dizer.

As crianças nos sinais
Vendendo os doces...
Das amarguras da vida.
Pobres crianças, tão sofridas!

Teu colega de trabalho
Sempre tão esquentadinho,
Precisa de atenção
E um pouco de carinho.

Sinta a maravilhosa, a imensa...
Alegria de servir.
E descubra o porque
Do ser humano existir.

Que o seu nome,
Seja “Aquele que Serve”.

Serviste hoje?
A quem?
Que tu sejas a diferença
Na vida de outro alguém.

É por isso que eu sou
Um poeta atrevido,
Acredito que o amor
Possa um dia ser ouvido.

By
Guaracy

ABRAÇOS GRÁTIS

Era uma moça bonita
Com um cartaz nas mãos
Escrito: “ABRAÇOS GRATÍS”
E dados de coração.

Curioso que eu sou
Logo me aproximei
E confesso foi uma delicia,
O abraço que ganhei.

Demorou uns três minutos
Aquela demonstração,
Que pessoas desconhecidas,
Podem exercitar o coração.

Fiquei emocionado
Com que disse um vagabundo:
“É a prova de que existe,
Ainda amor nesse mundo”

Foi uma coisa bonita
Saiu até no jornal!
E foi ai que fiquei sabendo
Da história original.

Dizem que um tal de Juan Mann
Lá das bandas da Austrália,
Teve essa idéia porreta
E que todo ano, não falha.

São milhares de abraços
Dados sem intenção
Confortando a alma
E aquecendo o coração.

Dados por um bando de jovens
Pelas ruas do Brasil,
São os abraços grátis,
Que enche o meu vazio.


By
Guaracy

UM POEMA DE AMOR PARA MEU AMOR

Eu gostaria de inventar
Um poema pra você,
Que tivesse haver
Com o seu olhar
Que descrevesse
Em uma lágrima,
O que eu sinto, a ti amar.

Eu gostaria de inventar
Uma rima que fosse,
Uma palavra doce
Que Dulce seria
A estrela da noite
Que brilha no meu dia.

Eu gostaria de inventar
Um país sem fronteiras
Onde brancos e negros,
Muçulmanos e judeus...
Usassem armas de brinquedos
E um mundo sem fariseus.

Eu gostaria de inventar
Um jeito novo de beijar,
E uma tinta especial
Para as nuvens, eu pintar.

Eu gostaria de tocar o céu da tua boca
Com a menina dos meus olhos,
E mergulhar nos seus sonhos
Como peixinhos em Abrolhos.

Eu gostaria de ser,
O tempero da tua comida...
Para temperar de amor
Os dias da tua vida.

By
Guaracy.

QUARENTA ANOS COM UMA BIC NA MÃO.


Quarenta anos que vivo
Com uma BIC na mão,
Anotando em guardanapos
Pedaços de inspiração.

Versos que nascem aos poucos
Às vezes de um simples olhar,
São muitos os motivos,
Que me fizeram pára.

Foram noites mal dormidas
Dias de solidão...
Tudo porque nasci
Escravo da inspiração.

Quarenta e poucas verdades
Das mentiras que contei,
De onde vêem tantas palavras,
Eu juro que não sei.

Mas elas moram em mim
E vivem a me acordar,
Levanto em altas horas
Para no bloco anotar.

Ás vezes não da em nada
A minha anotação,
Mas é preciso escrever
As lágrimas do coração.

Quarenta anos já vivi
Com uma caneta na mão,
Quantos outros quarenta eu viverei,
Escravo da solidão?

By
GUARACY

O OBSERVADOR DE PESSOAS

Quero ficar de braços cruzados
Vendo a banda passar
Porque num final de tarde,
É bom agente olhar:

Gente vindo do trabalho
E aquela correria,
Crianças saindo da escola
E aquela gritaria.

Passos apressados
Passam por mim,
Parece que a maratona
Esta chegando ao fim.

Com a sola do pé direito
Apoiada na parede.
Assisto alguém ao longe,
Tranqüilo...Deitado numa rede.

Respiro fundo
Com o olhar atento,
E vejo naquelas caras
Um certo ar de sofrimento.

São vidas como a minha
Que esta só de passagem,
Mas que ficam procurando
Invalidar a viagem.

Resvalam com a morte
Quase toda hora,
E quando ver alguém morto,
Quase nunca chora.

Destrata vizinho,
Fala mal de parentes...
E ainda se orgulha de ser,
Pessoas descentes.

Chega. Chega de observar
Acho que estou cansado,
Mas eu aconselho a todos
Fiquem um pouco parados.

BY
GUARACY

GLORINHA DO ENCANTADO


Glorinha,
O meu poema te adora,
É como menino na rua
Trepando em pé de amora.

Glorinha não chora
Glorinha não chora
Se não os discos voadores,
Vão embora.

Glorinha sorri
Espalha poesia,
Porque nesses dias ruins,
Precisamos de alegria.

Glorinha comunidade
Reunião de poetas
Que os corações sejam os alvos
E nós, seremos as setas.

Glorinha,
O meu poema te adora
Faz rimas com tua vida
Ele será o Bandeide
Fechando tuas feridas.

Glorinha minha amiga
Que nem se quer eu conheço!
Mas que já tem de mim,
Todo carinho e apreço.

By
Guaracy

"A ARTE DE VIVER"


Rimo palavras sem rima
Tentando criar um clima
Para você embarcar...
Nas ondas que têm a vida,
Que são muito diferentes,
Das ondas que têm o mar.

Seco lágrimas sem pranto
De um destino penoso,
De um coração que ama,
Mas é muito orgulhoso.

Não dou o braço a torcer
Nem por mim, nem por você;
Nem por nada nesse mundo
Mesmo sabendo que a vida
Pode acabar num segundo.

No avesso dos reversos
Nas rimadinhas da dor,
Escrevo com caco de telha
Velhas palavras de amor.

Como lacrar a vida e o amor,
No tumulo quando me for?
Como vencer o tédio e o temor,
Sem conhecer o que é a dor?

Porque sonho sem sono
Dias de felicidades,
Mesmo sendo forte as mentiras;
Eu acredito em verdades.

Vivo sem vida
A minha história de amor,
Porque tudo que vivi,
Foi um vento que passou.

By
Guaracy

A saudade



Saudade é uma palavra que só existe na língua portuguesa.
Ferramenta de poetas e escritores, a saudade já foi escrita e cantada por muitos seres maravilhosos que já passaram e que ainda vive por ai, sentindo suas saudades.
Tantos Vinicius, Tons, Cesários Verde, Castros Alves, Carlos Drumonnd de Andrade...Nos brindaram com suas saudades. Quem entende mais de saudades do que quem ama e tem muitos amigos?
Saudade é solidão acompanhada de uma lembrança de alguém que se foi ou de um momento que se vive intensamente, é uma das maneiras de se descrever a ausência de alguém ou algo que foi ou é muito importante para nós.
Quem nunca sentiu saudades?
Esse sentimento invisível que mora dentro de cada um e que basta uma música, uma lembrança para ela tomar forma e bailar no palco das nossas lembranças.
Existem saudades tristes; como a saudade da mãe que se foi e que nunca mais a veremos novamente (a não ser, pelos olhos da saudade), do amigo que foi embora morar em outra cidade, do cachorro que morreu por não viver tanto tempo como nós, de um amor perdido que deixou cicatrizes em nossos corações, dos colegas da época de escola que pareciam ser amigos para sempre...
Existem também as saudades alegres; como quando ganhamos aquele brinquedo tão desejado, o primeiro beijo dado com tanta ingenuidade, o show daquela banda que amávamos tanto, a primeira noite que dormimos fora de casa, o primeiro passei no zoológico...
Todos nós sentimos saudades. Falando português ou não, basta ser um ser pensante para guardar na lembrança uma pessoa ou um momento que nos seguirão para sempre.
Descrever a saudade é como abrir um álbum antigo guardado dentro da alma e bem lá no fundo do coração. Porém, poucos são os que conseguem descreve-la usando somente a escrita ou outro código qualquer, porque a saudade parece ser algo só para sentir e nunca para descrever.
Conheço muitas saudades que moram dentro de mim. E que são como quadros vivos pendurados nas paredes da memória em permanente exposição.
Quem tiver suas saudades que as viva intensamente como um poeta louco que as desenham nas calçadas da vida com pedaços de giz ou cacos de telhas só para nunca esquece-las.
Conheço uma pessoa que tem saudades dos anos 80, e que coleciona CDs das bandas de rock daquela época, tem um monte de gibis do Homem Aranha, Corrida Maluca, Fantasma, pôster do Batman na parede, carrinho do Speed Racer, bonecos do He Man, Thundercats, Falcon...Sua casa é um verdadeiro museu com todo tipo de quinquilharias que lembram os anos 80.
E por falar em saudade, a saudade que sinto é uma saudade sem fim de alguém especial que partiu há pouco tempo e que levou consigo aquela comidinha de domingo que reunia toda a família junto à mesa e fazíamos aquela algazarra, alguém que tinha um colinho quente para me proteger nos dias tristes, e que tinha um sorriso imenso para rir das minhas piadas bobas ou do desenho do Jackie Chan, alguém que era tão especial que me ensinou a encarar a dor com um sorriso nos lábios, alguém que não ficou parada no tempo e que falava a gíria dos jovens para não envelhecer o espírito, alguém que sofreu muito e que agora descansa em paz... Alguém... que me trouxe ao mundo.
Se existem saudades tristes e saudades alegres, a minha é triste e guardo dentro de mim como se fosse um filme que vejo todos os dias numa sessão da tarde interminável.
Como podem ver, a minha saudade tem um nome e um rosto e sempre estará comigo como a tatuagem que carrego no corpo feita em sua homenagem.
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