segunda-feira, 28 de maio de 2007


O MONSTRO DO SERTÃO

Eu vi numa exposição
O monstro do meu sertão.
Era um sol xilogravado
Arte de um artesão
Que veio pra capital
Fazer uma exposição.
Seu nome é J. BORGES
Pernambucano arretado
Que tem em ARIANO
um fã dos mais devotado.
O monstro era um sol
Que tinha ganhado um corpo
Caminhava pelo sertão
Deixando quase tudo morto.
Quem conhece o tema
Ou viveu essa agonia
Reconhece nesse monstro
A sua antropofagia.
J. BORGES é um nordestino
Assim como ARIANO
Conhece bem a peleja
De um pobre se aritirano
Do chão que lhe viu nascer
Deixar tudo em abandono
Para depois se perder
No beco do desengano.
J. BORGES e ARIANO
Vivem a seca do sertão
E faz dela um pano
Para sua criação
De representar a miséria
De um povo, uma nação
Que sofre ano a ano
De um mal, sem solução.

By
Guaracy

TE BUSCO

Fico me olhando
Nas coisas amargas
Buscando um pouco
Da minha vida
Nesses restos
E cinzas.
Coisas estranhas
Não me respondem
Apenas, o passar dos dias,
Me roubam as formas
Do teu rosto.
Te busco
Perdido entre estranhos
Que caminham pelas ruas
Indo e vindo
Tornando os dias
Tão iguais.
Não há mais
Paisagens conhecidas
Onde possa te encontrar.
Parece que a sorte
Não combina comigo
Só encontro abrigo
Nas asas da solidão...
Eu... E esse...
Meu negro coração.

By
Guaracy

TRATADO DE MAGIA

Eu li teu nome
no AVESTA
e fiquei besta
em saber;
que um demônio
como você
é tão antigo.


O mundo corre perigo!
consulte o PEQUENO ALBERTO
tem um anjo por perto
querendo ajudar.


Pentagrama sagrado
desenhado no caminho
proteje-me
de pessoas como você.


De nada adianta
você ter lido o PICATRIX,

uma pessoa feliz,
você não consegue
matar a distância.


Vou comer meu paiote;
a carne de deus,
o botão que liga a luz da visão.



dançando pra lua
numa noite de sabá
eu vim viver
nessa vida
só para te encontrar.


by

Guaracy






NOTAS:
AVESTA- Livro Iraniano um dos mais antigos que há
PEQUENO ALBERTO- Livro publicado em lion, na França em 1758
Picatrix- manual de magia traduzido da Árabe, em 1256
Paiote- cacto usado para induzir a visões.
PÃ- Deus sensual líder dos sátiros.
ESSE POEMA É DEDICADO A UM GRANDE AMIGO OCULTISTA

domingo, 27 de maio de 2007


O BANHO DOS PARDAIS

SONHO...
LIBERDADE....
VÔO LIVRE...
EMOÇÃO.


A SENSAÇÃO DE RISCAR O CÉU
SEM DEIXAR RASTROS
SE BANHANDO NA LUZ
MAIS PURA.


DESFRUTAR DA TERNURA
NO SEU MAIS EXATO.


OS PARDAIS
SÃO UM RETRATO
DE COMO A VIDA DEVE SER;
SENTIMENTOS CORTANDO O VENTO,
RASGANDO OS OLHOS DA BELEZA,
ESPIRITOS DA NATURAZA,
ALMAS DO AMOR,
QUE SE ATIRA NAS INCERTEZAS
EM UM GRANDE VÔO.


ASSIM SÃO OS PARDAIS:
DOCES ANIMAIS,
QUE SE LEVANTAM COM O DIA
CANTANDO SUAS MELODIAS URBANAS

COM UMA MAGIA CICANA

DE TEMPOS ATRÁS.


SIMBOLOS DA SOBREVIVÊNCIA

DE MUDANÇAS PROFUNDAS

ENTRE A NATUREZA E O HOMEM.


PODEM SER IRRITANTES,

MAS NADA SERÁ COMO ANTES

ENTRE O HOMEM E A NATUREZA;

VIVEMOS MATANDO A BELEZA

E OUTRAS SE FAZEM.


QUE VENHA O FUTURO
E TODA MODERNIDADE,

SEMPRE HAVERÁ PARDAIS

NA MINHA CIDADE.


SABE POR QUÊ?
PORQUE A SIMPLICIDADE
PARA SEMPRE
SERÁ.


BY

GUARACY


O LIVRO DE PENITÊNCIA DE ADÃO

Quando o fôlego da vida
Mim foi soprado;
Um coração no meu peito
Foi criado.

Virei alma vivente,
Vi brotar do solo sem vida
Florestas de plantas,
Bichos e outros seres.

Um dia
Caí num sono profundo
E quando acordei...
Lá estava ela,
Bela;
Como um arco-íris cruzando o céu,
De um olhar negro e profundo
Como as águas do rio Pison,
Ela se tornaria,
O meu lado mais bom.

Dos ossos dos meus ossos
Da carne da minha carne
Do veneno da minha paixão,
Ele criou de mim,
Algo sem explicação.

Perdi meu coração
Quando ela chegou.
Conheci a dor
De sofrer por alguém,
Logo eu,
Que não tinha ninguém.

De repente,
Vivia encantado
Com aquela mulher
Ali do meu lado.

Ela passou a ser o ser
Que daria sentido a tudo,
Até despertar em mim,
Vontade de ficar mudo.

Só olhando, contemplando,
E sem entender;
Como poderia existir alguém
Que fosse o mais lindo ser.

Ela chegava
E o paraíso estava ali,
Totalmente portátil,
Movendo-se de um lado para o outro
Como se fosse uma onça selvagem.

Sei o que vocês irão dizer:
Pequenas bobagens
Tem um grande valor,
Quando se acredita ter na vida,
Encontrado um grande amor.

By Guaracy.

quarta-feira, 23 de maio de 2007




QUEM NÃO VIVE PRA SERVIR
NÃO SERVE PARA VIVER.

Oh, você!
São mortos os que nunca acreditam
Que possam ser,
O milagre de alguém.

Na vida sempre tem;
Uma pessoa triste,
Com medo de viver,
E que precisa muito
De alguém como você.

Estamos só de passagem
Seria uma grande bobagem
Não doar o tempo seu,
Para quem, já, quase morreu.

Os velhos nos hospitais
Cansados já de viver
Precisam que você escute
O Q’eles tem pra dizer.

As crianças nos sinais
Vendendo os doces...
Das amarguras da vida.
Pobres crianças, tão sofridas!

Teu colega de trabalho
Sempre tão esquentadinho,
Precisa de atenção
E um pouco de carinho.

Sinta a maravilhosa, a imensa...
Alegria de servir.
E descubra o porque
Do ser humano existir.

Que o seu nome,
Seja “Aquele que Serve”.

Serviste hoje?
A quem?
Que tu sejas a diferença
Na vida de outro alguém.

É por isso que eu sou
Um poeta atrevido,
Acredito que o amor
Possa um dia ser ouvido.

By
Guaracy

ABRAÇOS GRÁTIS

Era uma moça bonita
Com um cartaz nas mãos
Escrito: “ABRAÇOS GRATÍS”
E dados de coração.

Curioso que eu sou
Logo me aproximei
E confesso foi uma delicia,
O abraço que ganhei.

Demorou uns três minutos
Aquela demonstração,
Que pessoas desconhecidas,
Podem exercitar o coração.

Fiquei emocionado
Com que disse um vagabundo:
“É a prova de que existe,
Ainda amor nesse mundo”

Foi uma coisa bonita
Saiu até no jornal!
E foi ai que fiquei sabendo
Da história original.

Dizem que um tal de Juan Mann
Lá das bandas da Austrália,
Teve essa idéia porreta
E que todo ano, não falha.

São milhares de abraços
Dados sem intenção
Confortando a alma
E aquecendo o coração.

Dados por um bando de jovens
Pelas ruas do Brasil,
São os abraços grátis,
Que enche o meu vazio.


By
Guaracy

UM POEMA DE AMOR PARA MEU AMOR

Eu gostaria de inventar
Um poema pra você,
Que tivesse haver
Com o seu olhar
Que descrevesse
Em uma lágrima,
O que eu sinto, a ti amar.

Eu gostaria de inventar
Uma rima que fosse,
Uma palavra doce
Que Dulce seria
A estrela da noite
Que brilha no meu dia.

Eu gostaria de inventar
Um país sem fronteiras
Onde brancos e negros,
Muçulmanos e judeus...
Usassem armas de brinquedos
E um mundo sem fariseus.

Eu gostaria de inventar
Um jeito novo de beijar,
E uma tinta especial
Para as nuvens, eu pintar.

Eu gostaria de tocar o céu da tua boca
Com a menina dos meus olhos,
E mergulhar nos seus sonhos
Como peixinhos em Abrolhos.

Eu gostaria de ser,
O tempero da tua comida...
Para temperar de amor
Os dias da tua vida.

By
Guaracy.

QUARENTA ANOS COM UMA BIC NA MÃO.


Quarenta anos que vivo
Com uma BIC na mão,
Anotando em guardanapos
Pedaços de inspiração.

Versos que nascem aos poucos
Às vezes de um simples olhar,
São muitos os motivos,
Que me fizeram pára.

Foram noites mal dormidas
Dias de solidão...
Tudo porque nasci
Escravo da inspiração.

Quarenta e poucas verdades
Das mentiras que contei,
De onde vêem tantas palavras,
Eu juro que não sei.

Mas elas moram em mim
E vivem a me acordar,
Levanto em altas horas
Para no bloco anotar.

Ás vezes não da em nada
A minha anotação,
Mas é preciso escrever
As lágrimas do coração.

Quarenta anos já vivi
Com uma caneta na mão,
Quantos outros quarenta eu viverei,
Escravo da solidão?

By
GUARACY

O OBSERVADOR DE PESSOAS

Quero ficar de braços cruzados
Vendo a banda passar
Porque num final de tarde,
É bom agente olhar:

Gente vindo do trabalho
E aquela correria,
Crianças saindo da escola
E aquela gritaria.

Passos apressados
Passam por mim,
Parece que a maratona
Esta chegando ao fim.

Com a sola do pé direito
Apoiada na parede.
Assisto alguém ao longe,
Tranqüilo...Deitado numa rede.

Respiro fundo
Com o olhar atento,
E vejo naquelas caras
Um certo ar de sofrimento.

São vidas como a minha
Que esta só de passagem,
Mas que ficam procurando
Invalidar a viagem.

Resvalam com a morte
Quase toda hora,
E quando ver alguém morto,
Quase nunca chora.

Destrata vizinho,
Fala mal de parentes...
E ainda se orgulha de ser,
Pessoas descentes.

Chega. Chega de observar
Acho que estou cansado,
Mas eu aconselho a todos
Fiquem um pouco parados.

BY
GUARACY

GLORINHA DO ENCANTADO


Glorinha,
O meu poema te adora,
É como menino na rua
Trepando em pé de amora.

Glorinha não chora
Glorinha não chora
Se não os discos voadores,
Vão embora.

Glorinha sorri
Espalha poesia,
Porque nesses dias ruins,
Precisamos de alegria.

Glorinha comunidade
Reunião de poetas
Que os corações sejam os alvos
E nós, seremos as setas.

Glorinha,
O meu poema te adora
Faz rimas com tua vida
Ele será o Bandeide
Fechando tuas feridas.

Glorinha minha amiga
Que nem se quer eu conheço!
Mas que já tem de mim,
Todo carinho e apreço.

By
Guaracy

"A ARTE DE VIVER"


Rimo palavras sem rima
Tentando criar um clima
Para você embarcar...
Nas ondas que têm a vida,
Que são muito diferentes,
Das ondas que têm o mar.

Seco lágrimas sem pranto
De um destino penoso,
De um coração que ama,
Mas é muito orgulhoso.

Não dou o braço a torcer
Nem por mim, nem por você;
Nem por nada nesse mundo
Mesmo sabendo que a vida
Pode acabar num segundo.

No avesso dos reversos
Nas rimadinhas da dor,
Escrevo com caco de telha
Velhas palavras de amor.

Como lacrar a vida e o amor,
No tumulo quando me for?
Como vencer o tédio e o temor,
Sem conhecer o que é a dor?

Porque sonho sem sono
Dias de felicidades,
Mesmo sendo forte as mentiras;
Eu acredito em verdades.

Vivo sem vida
A minha história de amor,
Porque tudo que vivi,
Foi um vento que passou.

By
Guaracy

A saudade



Saudade é uma palavra que só existe na língua portuguesa.
Ferramenta de poetas e escritores, a saudade já foi escrita e cantada por muitos seres maravilhosos que já passaram e que ainda vive por ai, sentindo suas saudades.
Tantos Vinicius, Tons, Cesários Verde, Castros Alves, Carlos Drumonnd de Andrade...Nos brindaram com suas saudades. Quem entende mais de saudades do que quem ama e tem muitos amigos?
Saudade é solidão acompanhada de uma lembrança de alguém que se foi ou de um momento que se vive intensamente, é uma das maneiras de se descrever a ausência de alguém ou algo que foi ou é muito importante para nós.
Quem nunca sentiu saudades?
Esse sentimento invisível que mora dentro de cada um e que basta uma música, uma lembrança para ela tomar forma e bailar no palco das nossas lembranças.
Existem saudades tristes; como a saudade da mãe que se foi e que nunca mais a veremos novamente (a não ser, pelos olhos da saudade), do amigo que foi embora morar em outra cidade, do cachorro que morreu por não viver tanto tempo como nós, de um amor perdido que deixou cicatrizes em nossos corações, dos colegas da época de escola que pareciam ser amigos para sempre...
Existem também as saudades alegres; como quando ganhamos aquele brinquedo tão desejado, o primeiro beijo dado com tanta ingenuidade, o show daquela banda que amávamos tanto, a primeira noite que dormimos fora de casa, o primeiro passei no zoológico...
Todos nós sentimos saudades. Falando português ou não, basta ser um ser pensante para guardar na lembrança uma pessoa ou um momento que nos seguirão para sempre.
Descrever a saudade é como abrir um álbum antigo guardado dentro da alma e bem lá no fundo do coração. Porém, poucos são os que conseguem descreve-la usando somente a escrita ou outro código qualquer, porque a saudade parece ser algo só para sentir e nunca para descrever.
Conheço muitas saudades que moram dentro de mim. E que são como quadros vivos pendurados nas paredes da memória em permanente exposição.
Quem tiver suas saudades que as viva intensamente como um poeta louco que as desenham nas calçadas da vida com pedaços de giz ou cacos de telhas só para nunca esquece-las.
Conheço uma pessoa que tem saudades dos anos 80, e que coleciona CDs das bandas de rock daquela época, tem um monte de gibis do Homem Aranha, Corrida Maluca, Fantasma, pôster do Batman na parede, carrinho do Speed Racer, bonecos do He Man, Thundercats, Falcon...Sua casa é um verdadeiro museu com todo tipo de quinquilharias que lembram os anos 80.
E por falar em saudade, a saudade que sinto é uma saudade sem fim de alguém especial que partiu há pouco tempo e que levou consigo aquela comidinha de domingo que reunia toda a família junto à mesa e fazíamos aquela algazarra, alguém que tinha um colinho quente para me proteger nos dias tristes, e que tinha um sorriso imenso para rir das minhas piadas bobas ou do desenho do Jackie Chan, alguém que era tão especial que me ensinou a encarar a dor com um sorriso nos lábios, alguém que não ficou parada no tempo e que falava a gíria dos jovens para não envelhecer o espírito, alguém que sofreu muito e que agora descansa em paz... Alguém... que me trouxe ao mundo.
Se existem saudades tristes e saudades alegres, a minha é triste e guardo dentro de mim como se fosse um filme que vejo todos os dias numa sessão da tarde interminável.
Como podem ver, a minha saudade tem um nome e um rosto e sempre estará comigo como a tatuagem que carrego no corpo feita em sua homenagem.

segunda-feira, 7 de maio de 2007


SARAH É NOME DE PRINCESA.


Sarah é impossível contempla-la,
Sem se encantar.
Que magia é essa,
Que arrancas do olhar?

Há um certo embobamento
Em quem te vê,
É como se estivéssemos diante,
De um astro da Tv.

Em si todo é encantamento;
Os olhos, a boca, o corpinho...
Pareces a personificação,
De um verdadeiro anjinho.

Ah, Como você foi esperada!
Causando certa apreensão,
E vê você assim tão ativa;
Enche de alegrias, meu coração.

Sinta-se nascida a cada momentoPara a eterna novidade do Mundo,
E não deixe de acreditar,
Na sua capacidade, em nenhum segundo.

Hoje seu pai me falou
Da magia da semente,
Que já nasce com uma cor
Não pintada por gente.

Que você seja a semente
De uma nova humanidade,
Conhecedora da convivência,
De tantas polaridades.

Seja bem vinda, princesa!
A esse nosso mundinho,
Que você seja banhada
Sempre com muito carinho.

By
Guaracy.
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