O VELHO
Dentro de mim
Mora um velho,
Foi-me dado como sina,
Se eu não morrer pelo caminho,
Minha vida ele termina.
Mesmo eu, com a cabeça jovem.
Aberta e coisa e tal...
O velho que mora em mim;
Vai assistir meu final.
Ele tem cabelos brancos,
Dificuldade ao andar,
Precisa de subterfúgios
Para poder enxergar.
Toma mil medicamentos
É João Cabral, no humor;
Mas mora dentro de mim,
Esse zangado senhor.
O velho que mora em mim
Acha a vida sem graça,
Vive com outros velhos,
Jogando dama na praça.
Professor de tudo que é dor,
É um livro esquecido
Na estante da vida.
Na face desse senhor,
Eu vejo as chances perdidas.
Meio calvo meio barrigudo,
Curvado por assim, dizer.
O velho que mora em mim,
Também mora em você.
By
GUARACY
Desde os tempos de Elêusis entre os gregos iniciados por Orfeu, os poetas costumavam guardar uma palavra sagrada, só reconhecida no seu restrito círculo. De Kerenyi a Mircea Eliade, os mestres da linguagem sagrada de todos os tempos nunca esconderam seu fascínio pela expressão imemorial (senha sagrada)identificável apenas pelos veros poetas de todas as línguas e latitudes...
Um comentário:
Sim ...
Dentro dele mora um velho
Um velho rancinsa
E cheio de manias
Mas, tb mora um jovem homem
que de aprendiz de poeta não tem nada.
És um poeta
Um amigo
Que muito adoro.
Sou sua fã !!!!
Abraços
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