UMA VOLTA NO QUARTEIRÃO.
Quando eu saio por ai
Sem rumo e sem direção,
Nas coisas simples da vida
Eu vou prestando atenção.
Vejo o sorriso do menino
Que pensa que é mutante,
E na carranca do adulto
Cheio de si e arrogante.
Nos pombos comendo pão,
Nos pardais banhando de terra...
E o mundo vai seguindo,
Mesmo estando em guerra.
Vejo a pressa dos mais jovens
A lentidão dos idosos,
A covardia dos fracos
As lagrimas dos corajosos.
Reparo na moça linda
Também sou filho de deus,
Vejo os defeitos dos outros,
Sem esquecer é dos meus!
Vejo as pragas da vida,
A tal da modernidade.
E já não há mais espaços
Pra gente nessa cidade.
As calçadas estão tomadas
Por tudo que são vendedores,
E vejo nas suas faces,
Reflexos de suas dores.
Caminho cá comigo
Olhando e pensando;
Para o fim de tudo,
Estamos caminhando.
By
Guaracy
Desde os tempos de Elêusis entre os gregos iniciados por Orfeu, os poetas costumavam guardar uma palavra sagrada, só reconhecida no seu restrito círculo. De Kerenyi a Mircea Eliade, os mestres da linguagem sagrada de todos os tempos nunca esconderam seu fascínio pela expressão imemorial (senha sagrada)identificável apenas pelos veros poetas de todas as línguas e latitudes...
Nenhum comentário:
Postar um comentário