MUDEI-ME DE MIM
Mudei-me, enfim.
Não só de endereço,
Mas também de mim.
Já não habito mais
Aquele corpo frágil e sonhador,
Que acreditava sempre,
Nas coisas do amor.
Deixei de lado o bom senso,
A tal da razão...
Agora sou igual a todos,
Nessa multidão.
Ando com medo de me expressar.
Pareço um ser estranho,
Que vive a vagar,
Pelas ruas assustadas
Desse meu lugar.
Meu sonho agora
É não mais sonhar,
Não haverá tempo
Pra concretizar.
Sou um banal
Nesse mundo banal.
Que assiste ao Big Brother
E acha legal.
Bobagem.
Você pode me dizer,
Mas a verdade é essa
O que posso fazer?
Devolva-me:
As cadeiras na calçada,
O bom dia! Boa tarde!
Boa noite! Sim, senhor!...
E eu te devolverei,
Minha crença no amor.
By
Guaracy
Desde os tempos de Elêusis entre os gregos iniciados por Orfeu, os poetas costumavam guardar uma palavra sagrada, só reconhecida no seu restrito círculo. De Kerenyi a Mircea Eliade, os mestres da linguagem sagrada de todos os tempos nunca esconderam seu fascínio pela expressão imemorial (senha sagrada)identificável apenas pelos veros poetas de todas as línguas e latitudes...
Nenhum comentário:
Postar um comentário