
OS CAVADORES DE VALA
Eles cavam a terra
Com enxada nas mãos
Pra depositar na vala,
Tubos colados com sabão.
Eles não usam os EPIs
Arriscam-se sem porque,
Parecem que não têm medo,
Esses homens, de morrer.
Eles respiram poeira
Como quem cheira uma flor,
Ouvem mil decibéis
Sem nenhum abafador.
As enxadas sobem e descem
Num movimento ritmado
Até parece que eles,
Já os tinham, ensaiado.
As botas sujas de terra,
A roupa amarrotada...
Quando chega o fim do dia,
A alma tá acabada.
Cavam a terra com pá,
Enxada e alavanca...
E as águas das nascentes,
Sem saber, eles, arrancam.
Jogam lixo nos aterros
Talvez até sem saber,
Que um copinho de plástico;
São 100 anos pra desaparecer.
Agridem a natureza
Para ganhar o seu pão,
E o seu trabalho,
Não é reconhecido, não!
São os homens invisíveis
Apesar da roupa azul,
Não importa se trabalham no Areal,
Ou no chique, Lago Sul.
By
Guaracy Clementino
Eles cavam a terra
Com enxada nas mãos
Pra depositar na vala,
Tubos colados com sabão.
Eles não usam os EPIs
Arriscam-se sem porque,
Parecem que não têm medo,
Esses homens, de morrer.
Eles respiram poeira
Como quem cheira uma flor,
Ouvem mil decibéis
Sem nenhum abafador.
As enxadas sobem e descem
Num movimento ritmado
Até parece que eles,
Já os tinham, ensaiado.
As botas sujas de terra,
A roupa amarrotada...
Quando chega o fim do dia,
A alma tá acabada.
Cavam a terra com pá,
Enxada e alavanca...
E as águas das nascentes,
Sem saber, eles, arrancam.
Jogam lixo nos aterros
Talvez até sem saber,
Que um copinho de plástico;
São 100 anos pra desaparecer.
Agridem a natureza
Para ganhar o seu pão,
E o seu trabalho,
Não é reconhecido, não!
São os homens invisíveis
Apesar da roupa azul,
Não importa se trabalham no Areal,
Ou no chique, Lago Sul.
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Guaracy Clementino